Este livro é a mais completa coleção da mitologia americana existente (nas palavras do célebre estudioso americano Professor D. G. Briton), mas não é só isso, o Popol-Vuh ou o Livro do Conselho, é a história de uma raça destruída pelos conquistadores ávidos de riqueza. é a história de um povo que muito lutou para construir um império e uma civilização que assombrou aqueles mesmos conquistadores e continua assombrando os arqueólogos e pesquisadores dos nossos dias com suas construções, calendários, pesquisas astronômicas e muitas outras coisas que colocam os Maias e todos os outros povos pré-colombianos em pé de igualdade com egípcios e gregos.
Mas o mais curioso é como este livro pôde chegar até nossos dias inteiro, completo. Os consquistadores espanhóis (e todos os outros) sempre destruíam a tradição cultural e religiosa dos povos conquistados, por considerá-la coisa do demônio, que não condizia com a moral cristã que eles, à força, impunham às comunidades indígenas. Só que no caso da Guatemala (região onde habitavam os maias-quichés), o tiro espanhol saiu pela culatra.
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O Popol Vuh foi qualificado como o livro indígena mais importante da América. Em realidade, é uma recompilação realizada pelos quichés, descendentes diretos dos maias, de mitos muito mais antigos e que procedem sem dúvida daquela velha civilização. Essas lendas são ainda repetidas pelos índios da região maia, que abarca o sudeste do México e o norte da Guatemala, limitadas pela costa do Caribe.
REYNOSO, diego, séc. XVI. POPOL-VUH: A Origem da Antiga Verdade Pré-Colombiana. Diego Reynoso (Popol-Vinac). Tradução: Aontonio Augusto Pires Schmidt. São Paulo: Ícone ed., 1990.